O espírito investigativo e a curiosidade infantil sempre foram reconhecidos e estimulados pelos profissionais do Recreio, nos estudos sobre os diversos fatos e fenômenos que nos rodeiam. A partir de 1990, a Escola sistematiza esses valores e procedimentos, formatando sua proposta em “trabalhos por projetos”. Na elaboração, as crianças planejam as ações, distribuem papéis, tarefas e procuram executar tudo o que foi preparado, constantemente fazendo um exercício de autonomia.
Em 1991, apresentamos um trabalho sobre a Escola num congresso internacional em Strasburg, França.
O Recreio comemora 15 anos com um presente para Belo Horizonte. Através de um convênio com a Prefeitura e o programa Adote o Verde, a Escola reforma a Praça Carmo Couri, no São Bento, oferecendo aos moradores da região, mais uma opção de lazer.
Na sala de aula, aproveitando o envolvimento das crianças do 2º período com o desenho animado “Tartarugas Ninjas”, e a partir da origem dos nomes dos personagens (Michelangelo, Leonardo, Donatello e Raphael), tem início um longo estudo sobre a arte renascentista. No ano seguinte, a mesma turma, agora no 3º período, é “provocada” com a exposição, em sala de aula, de uma reprodução de um quadro de Joan Miró, iniciando um novo projeto, agora, sobre a vida e a obra do artista. O resultado, mais uma vez, é surpreendente, e o projeto é finalizado com uma exposição das reproduções e dos comentários feitos pelas crianças.
O Recreio comemora sua maioridade com uma atitude cidadã: em parceria com o Colégio Pitágoras, participa da capacitação de professores e funcionários da Escola Estadual Dona Augusta Gonçalves Nogueira, vizinha à instituição, além de prestar atendimento psicológico aos alunos carentes. A iniciativa recebe o Prêmio Fiemg “Nansen Araújo” Parceria Empresa – Escola Pública por três anos consecutivos.
Nas comemorações do centenário de Belo Horizonte, o Recreio elabora o álbum de figurinha “BH 100 Anos” com desenhos e a maioria dos textos criados pelas próprias crianças. O projeto, um método criativo e original para se estudar a cidade, envolve, além dos alunos, seus pais e avós, que ajudam nas pesquisas e no levantamento do material histórico.
Iniciam as aulas de informática para as turmas do 1º, 2º períodos e 1º ano com a intenção de ser um suporte ao professor, um instrumento a mais na sala de aula, uma ferramenta pedagógica que auxilia no processo de construção do conhecimento, considerando-se o desenvolvimento dos componentes curriculares, habilidades, competências, atitudes e valores. Espera-se que sua utilização promova aulas mais criativas, motivadoras, dinâmicas e que envolvam os alunos para novas descobertas e aprendizagens, proporcionando a mesma autonomia, curiosidade, cooperação e socialização.
O Recreio completa 20 anos de visão construtivista do desenvolvimento humano. Acreditando que o papel da escola é o de abrir horizontes, promove, em maio de 1998, uma exposição das produções infantis em artes, ciências, jogos e informática, no Shopping São Bento. Em setembro, profissionais, alunos, ex-alunos e amigos se reúnem em uma grande festa de aniversário, na sede da escola.
Na proximidade do evento “Brasil 500 anos”, o Recreio vê uma oportunidade de trabalhar com as crianças a formação da cidadania e de uma consciência histórica, para uma real apropriação da identidade do Ser Brasileiro. O grupo de professores inicialmente propõe, às crianças, estudos sobre o estado de Minas Gerais, para que depois a investigação possa ser ampliada para o país. Nesse contexto, a Escola promove, em maio de 1999, um encontro dos alunos com o prefeito Célio de Castro.