Chuva doce ou salgada? ☔⛈

Depois de encerrada a discussão do grupo sobre o nome da turma, as crianças continuavam cheias de interesse e dúvidas sobre os raios. Por isso, decidimos que iríamos realizar outra roda de conversa sobre o assunto.

Quando convidei as crianças para conversar em roda sobre o tema novamente, elas iniciaram um diálogo animado sobre os raios da chuva.

— Alci, os raios da chuva são muito perigosos! Eles podem matar se cair em alguém! – disse uma das crianças.

— E eles também fazem muito barulho – falou outra.

— Eu tenho medo de raio – admitiu outra.

E um colega ainda explicou:

— Não, gente, é o trovão que faz o barulho. O raio só cai do céu quando tem chuva forte. Porque na chuva fraca não tem raio.

De repente uma pergunta surgiu:

— Alci, a gente sabe que os raios aparecem na chuva, mas como a nuvem aparece no céu?

— Vamos descobrir! De que vocês acham que as nuvens são feitas? – respondi já acrescentando outra pergunta.

— De algodão!

— Claro que não! Se fosse de algodão ia chover algodão e chove água.

— Então, como a água sobe?

Para explicar ao grupo como acontece o ciclo da água, utilizei alguns desenhos que fiz no quadro da sala. Também propus realizarmos uma experiência colocando um cubo de gelo exposto ao sol. E logo que começamos a observar o gelo, rapidamente ele se derreteu, restando somente a água em seu estado líquido. Antes do fim da manhã a água já havia evaporado, pois a temperatura estava bem elevada nesse dia. Assim, as crianças puderam observar a água passando do estado sólido para o líquido e do líquido para o gasoso.

Ao discutirmos o resultado da experiência, lembramos de quando ficamos expostos ao sol para secarmos o corpo logo que saímos da piscina. Também lembramos da hora do banho, quando a água quente do chuveiro produz o vapor. E após tantas conversas sobre o ciclo da água, outra dúvida surgiu: é a água que vira chuva ou é a chuva que vira água?

Para finalizar este assunto, assistimos ao episódio “Como a água vira chuva?”, do Show da Luna (link anexo), e as crianças adoraram!

Em outra roda de conversa eu apresentei um globo terrestre para as crianças e perguntei se elas sabiam o que era aquela “bola” cheia de mapas e desenhos.

— É o nosso planeta.

— Alcione, onde fica o Japão?

— Cadê o Brasil?

— E Miami, onde fica?

Depois de responder todos os questionamentos e mostrar algumas curiosidades, fiz a seguinte pergunta ao grupo:

— Pessoal, olhando para o globo terrestre, vocês acham que o nosso planeta tem mais água ou mais terra?

— Tem mais água!

— Tem muito mar.

— Mas, Alci, se tem muito mar e a água do mar é salgada, por que a chuva é doce?

— É verdade – respondi.

As respostas abriram caminho para mais uma experiência bem interessante:

— Vamos fazer uma experiência para descobrir? E já que aqui em Belo Horizonte não tem mar, como podemos fazer a água a que temos acesso ficar bem parecida com a água do mar? – perguntei.

— É só a gente colocar o sal na água, Alci.

Para realizar essa experiência, colocamos água dentro de uma vasilha e pedimos à Da Graça (Maria das Graças, cozinheira do Recreio) um pouco de sal para misturarmos.

Depois de tudo pronto perguntei às crianças o que elas achavam que iria acontecer se colocássemos a vasilha com água e sal exposta ao sol.

— A água vai evaporar e a vasilha vai ficar vazia.

— Isso mesmo! Vai evaporar a água e o sal.

— Não, não vai evaporar nada, porque a água está misturada com o sal.

— A água vai evaporar e o sal vai ficar na vasilha.

Criamos um “calendário de observação” para acompanharmos o desenvolvimento da experiência. Aguardem notícias sobre as novas descobertas…

Um abraço!

Professora Alcione Aguiar

Fotos: Alcione Aguiar

204126_2884eb84-b1b8-47ee-9e2d-2621a58d97be

204127_f6494695-6ac1-41c0-801d-a2b348bdae0c

204128_e6dfdbdc-d6e1-4356-aef8-8808e26de9e3

204129_836503a2-1770-4951-8d7d-b4794c2529ee

204130_f21a051f-7fd2-4ab1-a8b0-5da8f6c08685

204131_a5b30fd7-e2ed-4f9d-b206-83ed0e5b8c0d

204132_4b876663-b006-4832-8b74-f061cb545335

204133_f2617514-d1d5-4d99-bde6-de2761e95f3c

204134_a29c2653-edef-4f17-b209-b8f7c554b31a