Outro dia, durante uma brincadeira na varanda da nossa sala, as crianças perceberam um bichinho saltitante no local. Inicialmente, o grupo ficou muito assustado, pois o bichinho, que também se assustou com a presença dos alunos, pulava incansavelmente de um lado para o outro.
Aproveitei aquele momento inusitado e convidei as crianças para assentarem em roda para conversarmos sobre o bichinho “pulante”. No meio da conversa, uma das crianças disse que o nome do bicho era “grilo verde”!
Expliquei para a turma que o nome do bichinho era mesmo grilo e, após essa descoberta, a turma começou a imitá-lo, pulando de um lado para o outro e dando gargalhadas. Também aproveitei a oportunidade para pegar delicadamente o bichinho e o levar para a roda para que as crianças pudessem observá-lo. Imediatamente elas começaram a comparar a cor do grilo com a própria cor, viram que ele tem antenas e várias patinhas e fizeram uma comparação com nossas pernas e cabelos.
Passada a euforia, fiz uma nova roda de conversa com o grupo e expliquei que o grilo precisava voltar para a casinha dele. Logo, uma criança perguntou:
— Juju, onde é a casa do grilo?
Então expliquei que os grilos gostam de viver onde tem grama e árvores. Após esse momento de observação e descobertas, levamos o grilo para a grama na entrada da Escola e as crianças se despediram dele mandando vários beijinhos.
Quando retornamos para a sala, peguei a caixa de brinquedos de bichinhos de jardim e rapidamente as crianças começaram a brincar com os três grilos de brinquedo que encontraram na caixa. O curioso é que algumas crianças queriam que o grilo de brinquedo pulasse e gritavam:
— Pula grilo! Pula grilo!
Nossa manhã foi de muitos pulos e de várias gargalhadas.
Um abraço pessoal!
Professora Juliana Xavier