Depois que as crianças encontraram um grilo na varanda da nossa sala, a turma ficou motivada para encontrar novos bichinhos pela Escola.

Por diversas vezes em sala de aula, as crianças pediam para procurar o grilo na varanda. Nesses momentos, explicava que tínhamos levado o grilo para o jardim do Recreio e que ele já não estava mais lá. Mas como as crianças não compreendiam somente com a explicação, deixei que explorassem o local à procura do grilo. Passado o momento de euforia, organizei uma roda de conversa com o grupo, que fez diversas perguntas:

— Juju, no pátio tem muitos bichinhos?
— Vamos procurar outro grilo?

Vendo o fascínio das crianças, resolvi propor uma atividade mais, digamos, investigativa. Dei uma lupa para cada uma delas e expliquei como poderíamos utilizar as lentes para encontrarmos outros bichinhos pela Escola. De imediato, o grupo ficou encantado com o objeto. As crianças manipularam, experimentaram, descobriram como utilizar a lente e só depois saíram pela Escola como grandes investigadores.

Para nossa surpresa, logo as crianças encontraram uma centopeia e, claro, várias formigas pelo pátio.

— Juju, a centopeia é marrom!
— Ela tem muitas perninhas!
— A formiga é bem pequenininha!

Durante esse momento de observação, uma das crianças começou a cantar a música da formiguinha espontaneamente:

“Fui no mercado comprar café
Veio a formiguinha e subiu no meu pé
Eu sacudi, sacudi, sacudi
Mas a formiguinha não parava de subir.”

Com isso, resolvi reunir as crianças em torno do coleguinha que estava cantando para que todos aprendessem a canção.

Retornamos para sala cantando a música da formiguinha e colocando as mãos nos lugares indicados na letra da música. E quando cantavam “eu sacudi, sacudi, sacudi”, as crianças caíam na gargalhada!

A Turma do Coração e suas descobertas…

Abraços!
Juliana Xavier

A Turma da Casinha gosta muito do livro “O Bonequinho Doce”, da autora Alaíde Lisboa. Logo na primeira vez em que a professora leu o livro em sala, foi notório o interesse das crianças, que ficaram de olhos bem atentos e em absoluto silêncio.

Na história, as irmãs Lucinha e Lalá resolveram fazer um bonequinho com água, farinha e açúcar e deram a ele o nome de Bonequinho Doce. As crianças ficaram muito ansiosas para saber aonde iria o bonequinho e o que aconteceria com ele. Para surpresa do grupo, depois que as irmãs terminaram de construí-lo, o bonequinho saiu correndo, pulou na lagoa e se desmanchou. Mas como era fácil fazer um novo bonequinho, logo elas fizeram outro.

As crianças adoram essa história a não se cansam de ouvi-la. Elas conseguem fazer o reconto observando as imagens e até repetem algumas frases exatamente como no texto original. Sempre que chega o momento da história, imediatamente elas pedem:

— Flávia, a gente quer ouvir a história do Bonequinho Doce!

Por causa do grande interesse do grupo, a professora decidiu fazer uma atividade diferente: preparar uma receita de “bonequinhos doces” na Escola. Com a ajuda da nutricionista do Recreio, Lívia Magela, as crianças colocaram a mão na massa e prepararam os biscoitos. Elas ainda experimentaram, sentiram o cheiro, o sabor e a textura dos ingredientes.

Com muita atenção, ajudaram a misturar os ingredientes, abriram a massa com um rolo de cozinha e depois moldaram seus biscoitinhos, usando um cortador em formato de boneco. Elas estavam tão envolvidas na produção dos biscoitos que quando a massa chegou ao fim logo disseram:

— Lívia, a gente quer fazer mais!

Depois que os “bonequinhos doces” ficaram prontos, elas se deliciaram com os biscoitinhos que fizeram.

“Conchinha dourada do fundo do mar, me conte uma história para eu escutar…”

Contar histórias faz parte da nossa rotina escolar. No dia a dia do Recreio, as crianças têm a oportunidade de apreciar muitas histórias, algumas lidas, outras contadas. E para manter a concentração das crianças, e deixar o momento da história mais dinâmico e alegre, utilizamos diversos recursos como imagens, fantoches, fantasias, livros, além de muita criatividade.

As crianças do Maternal I, por exemplo, adoram o momento da contação de histórias e já têm suas preferências. Por esse motivo, decidimos montar uma coletânea com os registros das histórias preferidas de cada grupo (manhã e tarde) – feitos a partir de colagens, pinturas e desenhos.

Além de curtirem muito esses momentos, elas também gostam de explorar diversos elementos, instrumentos e suportes enquanto fazem seus registros. As crianças também têm demonstrado muita satisfação nas brincadeiras que envolvem o contexto das histórias.

Que nossas experiências com os livros e demais materiais utilizados nesse trabalho nos levem a novas aprendizagens…

Um abraço!

Marilene Araujo e Natália Sarmento

O dia tão esperado pelas crianças e pelas mamães foi pra lá de especial. Uma manhã de encantamento e de alegria. A presença das famílias na Escola foi marcante e a amizade da turma contagiante! Que venham mais momentos mágicos e inesquecíveis como esse…

Beijos carinhosos!

Com o intuito de ampliar as possibilidades do trabalho com artes realizado em sala de aula, a Turma da Arte fez uma visita à Escola Guignard e vivenciou momentos inesquecíveis. Percorrer uma escola onde adultos aprendem arte trouxe uma perspectiva diferente para as crianças, que foram muito bem recebidas por profissionais e alunos da instituição. Foi uma manhã de muita apreciação e de aprendizado.

Na comemoração deste ano tivemos várias oficinas, além de uma homenagem das crianças para as mamães e de um momento musical animado com o professor de Música, Reginaldo Costa.

As crianças, junto com suas mamães, decoraram latas, transformando-as em porta-trecos, e criaram porta-retratos lindos e criativos. Ainda brincaram de massinha, contaram e ouviram histórias e tiraram fotos muito divertidas no estúdio fotográfico montado pela professora de Artes, Simone Villani.

Como vocês já sabem, a Turma do Tubarão está estudando as particularidades de algumas espécies de tubarões. Depois de aprendermos um pouco sobre o tubarão-enfermeiro, decidimos investigar o tubarão-martelo, uma espécie que muito despertou a curiosidade do grupo.

Logo ao iniciarmos a nossa pesquisa, descobrimos que o tubarão-martelo gosta muito de comer arraias e, ao contrário do que imaginávamos, ele só ataca as pessoas quando se sente ameaçado. E, de fato, comprovamos essa teoria assistindo parte do documentário “Mistérios do Tubarão Martelo”, em que um mergulhador nada junto com tubarões-martelos como se fossem amigos.

Também descobrimos que ele tem esse nome por causa da sua cabeça, que tem o formato de um martelo. Seus dentes são pequenos, porém, muito afiados! Essa espécie chega a pesar 400 quilos. E mesmo sendo muito pesado, o tubarão-martelo ainda pesa menos que o tubarão-enfermeiro, que pode chegar a meia tonelada.

Quantas descobertas! Agora, a próxima espécie que vamos estudar será o tubarão-tigre-de-areia. Aguardem notícias!

Um abraço pessoal!

No 1º Período, as crianças vivenciam diferentes situações que envolvem o reconhecimento de letras e de números e começam a desenvolver a escrita. Com desenhos, elas fazem a leitura e o registo do mundo à sua volta. É dessa forma, por exemplo, que elas ajudam a professora a “escrever” a rotina do dia. E elas adoram!

Desde os primeiros dias de aula, a Turma dos Amigos já estava muito interessada no mundo dos dinossauros. Aproveitando o interesse do grupo, perguntei para as crianças o que elas gostariam de estudar durante o ano. A resposta foi praticamente unânime: os dinossauros!

Muito animada com a empolgação do grupo, imediatamente perguntei às crianças o que elas gostariam de aprender primeiro sobre esses bichos e elas responderam que queriam saber como os eles sumiram do planeta Terra. Então pedi para as famílias que enviassem materiais de pesquisa sobre o tema para a Escola.

No dia combinado, as crianças chegaram eufóricas carregando suas pesquisas. Assentamos em roda e organizamos todo o material que havia chegado. Umas das crianças trouxe uma sugestão de vídeo para assistirmos, o curta “Momento Histórico: Extinção dos Dinossauros”, do canal Quintal da Cultura. Assistimos ao vídeo e, assim, iniciamos nossas descobertas. Quando o vídeo terminou, novamente assentamos em roda e perguntei para as crianças o que elas entenderam. As respostas foram surpreendentes:

— Marcella, veio um meteoro e… BUM! Caiu no planeta Terra!
— Aí acabou todas as comidas dos dinossauros!
— E eles morreram de fome!
— E acabou-se o que era doce! FIM!

Do jeitinho delas, as crianças explicaram direitinho como se deu o desparecimento dos dinossauros. Agora, já sabemos porque os dinossauros sumiram do planeta. Após esclarecermos todas as dúvidas sobre esse assunto, perguntei para as crianças se elas gostariam de saber mais alguma coisa sobre os dinossauros e uma delas respondeu:

— Marcella, já que eles morreram de fome, o que será que eles comiam?

Pronto! Já temos uma nova descoberta para fazer! O que será que esses animais comiam?

Aguardem novidades!

Abraços!

A investigação sobre as casas da Turma da Fantasia anda de vento em popa! As famílias participaram enviando materiais de pesquisa e estamos lendo uma a uma. Já sabemos o que são palafitas, ocas, casas de pau a pique, entre outras. Vimos casas diferentes, com formatos de guitarra, globo terrestre e com temas interessantes como Hello kitty. Mas o tipo de casa que mais chamou atenção das crianças e gerou muitos questionamentos foi o iglu.

— Será que iglus podem ser construídos em qualquer lugar do mundo? – perguntei.
— Podem sim, Dedete! É só trazer o gelo do Polo Norte!
— Mas será que ele não derrete? – continuei.

Por um momento a sala ficou em silêncio…

— Dedete, tem supermercado lá no Polo Norte? – perguntou uma das crianças.
— Não! Os esquimós vêm aqui no Brasil pegar as comidas e fazem a comida na fogueira! – afirmou outra criança.

Então continuei instigando o grupo e perguntei se a comida não estragaria no caminho, já que o Polo Norte está muito distante. Essa indagação gerou muitas perguntas sem respostas e várias hipóteses, mas sem nenhuma certeza. Na conversa também surgiram afirmações como:

— Eles têm luz somente dentro do iglu! Lá não tem sol porque o sol pode derreter o gelo!
— Então lá só tem noite? – perguntei.

Mais um momento de silêncio…

Como o assunto rendeu muito em nossa roda de conversa, resolvi perguntar para as crianças se elas gostariam de investigar um pouco mais sobre o tema, inclusive, sobre os esquimós – como e onde vivem.

— Legal Dedete! Mas já sabemos que lá tem pinguins e ursos polares!
— E também queremos saber mais sobre as palafitas.

A partir daí sugeri que as crianças buscassem outras informações sobre o tema e expliquei que, caso elas ainda tenham interesse, podemos pesquisar também sobre as palafitas.

Agora, temos mais temas para nossa pesquisa e contamos, como de costume, com a contribuição das famílias para nos ajudar a tirar todas essas dúvidas.

Professora Dedete Bentes

A sessão de Vivência é um momento lúdico e de intensa movimentação física. Na Turma dos Bichos, por exemplo, esse momento é aguardado com muita ansiedade. A animadora Fátima participa com empolgação, sempre incentivando as crianças a criarem suas brincadeiras, mas também lembra ao grupo dos combinados, quando necessário. Ao final, depois da arrumação do salão, nada melhor que sentar e contar em roda as brincadeiras inventadas. As crianças amam esse momento de pura diversão!!

As crianças da Turma do Tubarão descobriram que existem mais de 300 espécies de tubarões. Para decidir quais espécies vamos estudar, suas características e se atacam as pessoas ou não, fizemos uma votação em sala e quatro espécies foram selecionadas: o tubarão-enfermeiro, o tubarão-martelo, o tubarão-tigre-de-areia e o tubarão-lanterna-anão. Agora vamos pesquisar as particularidades de cada uma delas e registrar em um cartaz tudo o que descobrirmos!

O TUBARÃO-ENFERMEIRO

Iniciamos nossos estudos pesquisando sobre o tubarão-enfermeiro e a primeira pergunta que fiz para a turma foi o porquê desse nome curioso. As crianças responderam que essa espécie tem esse nome porque “o turbarão-enfermeiro é bonzinho e cuida dos animais doentes do fundo do mar”.

— Júlia, quando uma pessoa está afogando, logo ele vem para salvá-la!

Descobrimos então que o turbarão-enfermeiro é inofensivo aos humanos e nada se arrastando no fundo do mar. As crianças resolveram imitá-lo, pois adoraram o jeito dele nadar!

Também descobrimos que ele chega a medir quatro metros! Para que a turma pudesse ter noção do tamanho que a espécie pode chegar, utilizamos um barbante do mesmo comprimento para comparar.

O turbarão-enfermeiro também é muito pesado e pode chegar a pesar 500 quilos! Mas como estabelecer um parâmetro para este peso? Dessa vez resolvi pedir às crianças que carregassem a caixa de brinquedos da nossa sala, que pesa aproximadamente cinco quilos, e elas assim o fizeram.

— Nossa Júlia, essa caixa é muito pesada!

Depois disso, expliquei que o tubarão-enfermeiro tem o peso muito maior que o da caixa e elas ficaram admiradas em saber como ele pode ser tão pesado!

Um abraço!
Professora Júlia Cury