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Onde são elaboradas as leis?

Dando continuidade ao projeto de estudos sobre as regras, dessa vez a Turma dos Pesquisadores conheceu o local onde as leis estaduais são elaboradas: a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Após muitas conversas e pesquisas sobre regras e combinados (e algumas visitas a espaços públicos da nossa cidade), finalmente chegou a hora de conhecermos de perto o local onde as leis estaduais são criadas, modificadas e votadas.

As crianças foram recebidas pela Veruska, coordenadora do Programa Visitas Orientadas da Assembleia, que acompanhou o grupo por todo o passeio e promoveu momentos de diversão e aprendizagem. No primeiro momento da visita, ainda no hall de entrada da ALMG, ela explicou para as crianças qual o significado do espaço. Na lateral do hall de entrada é possível ver quatro bandeiras, a de Minas Gerais, a do Brasil, a do Mercosul e a de Belo Horizonte, o que despertou muito o interesse do grupo. Algumas crianças se empolgaram achando que uma das bandeiras era do time do Cruzeiro, mas logo ficou explicado que não. Em seguida, a coordenadora mostrou para as crianças o púlpito onde as pessoas podem subir para reivindicar ou falar sobre algo.

— Lá tem quatro bandeiras, mas nenhuma é do Cruzeiro!

A primeira regra apresentada para as crianças na visita, e talvez a mais importante delas, foi a de escutar quando outra pessoa fala. Para que as crianças pudessem compreender a importância dessa regra, Veruska exemplificou citando a quantidade de deputados.

— Imagina se todos os deputados da casa resolvessem falar ao mesmo tempo? São 76 deputados no total! O que iria acontecer?

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Depois de conversar sobre essa regra, a maquete do prédio da ALMG foi apresentada ao grupo. As crianças logo perceberam que a Assembleia fica em uma enorme praça com muita natureza, parquinhos e uma igreja. Logo em frente à maquete, tem um quadro com o nome e a foto de todos os deputados da casa.

Continuamos a visitação e passamos pelo corredor onde normalmente tem exposição de arte. A que estava lá no momento era uma exposição interativa de fotos de Belo Horizonte, o que deixou as crianças animadas, pois todas deixaram sua assinatura ali.

O próximo local visitado foi o teatro da Assembleia. A Veruska contou para as crianças que existe uma agenda de eventos aberta ao público e sugeriu que as crianças convidassem os seus pais para conhecerem. Ali no teatro a coordenadora apresentou para a turma pequenos vídeos sobre a importância de se trabalhar em equipe e sobre liderança. Esse foi o momento mais rico e significativo para o grupo. Após a apresentação desses vídeos, e um delicioso bate-papo, ela propôs um desafio para as crianças: uma dinâmica em grupo para ressaltar a importância de se trabalhar junto e em sintonia. Não foi um desafio fácil e nem todas as crianças conseguiram solucionar o problema apresentado na dinâmica, mas, no final, o grupo pode vivenciar tudo o que viram nos vídeos.

— Trabalho em equipe é importante!
— Trabalhar em grupo é mais forte!

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Após uma breve pausa para degustar um lanche delicioso, finalmente o grupo pôde conhecer o plenário, o lugar onde são votadas as leis. Assim que as crianças lá chegaram, Veruska falou dos combinados para continuarem a visita e do que acontece naquele espaço. Combinou com o grupo que todos poderiam andar pelo plenário, mas não era permitido mexer nos equipamentos de votação e ponto de presença. As crianças foram até à mesa diretora e se divertiram lá em cima “fazendo discursos e votando algumas leis”. Ao final da visita, as crianças apresentaram para Veruska as músicas que desenvolveram para o projeto, juntamente com o professor Reginaldo.

Terminada a visita, as crianças foram conhecer um dos parquinhos da Praça da Assembleia, onde também puderam conhecer as regras do local e brincar. Ali tiveram um encontro com o deputado Fred Costa, que brincou com a turma e falou um pouco sobre seu trabalho e sobre algumas regras de convivência. As crianças se divertiram e aprenderam muito!!

Confira o que as crianças disseram em roda após a visita:

— Os deputados trabalham na Câmara. Eles votam as leis para as pessoas.
— Tem o plenário onde os deputados votam.
— Lá na Assembleia sempre tem programa cultural. Tem teatro, oficinas e concertos.
— Tem um parquinho lá que é muito legal!
— É mesmo, lá tem muitos brinquedos e tem regras para usar também!
— Conhecemos o deputado Fred. Ele falou sobre regras e combinados e disse que temos que respeitar nossos pais!
— Ele falou também do sinal de trânsito, né!

Um abraço!

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Não confunda – Turma dos Super-heróis!

As brincadeiras com rima fazem parte da infância. Desde bem pequenininhas, as crianças ouvem músicas com repetições de sons e participam de brincadeiras rimadas, tais como:

“Uni, duni, tê…”
“Um, dois, feijão com arroz…”
“Hoje é domingo, pede cachimbo…”

A rotina da Educação Infantil é permeada por músicas, trava-línguas, quadrinhas e parlendas, que, além de transmitir uma grande bagagem cultural, são divertidas e envolvem as crianças.

No 2º Período, jogos de repetição ritmados, como as trava-línguas, são muito utilizados, pois é nessa fase que as crianças conseguem perceber tais repetições e se divertem com o desafio de não enrolar a língua ao falar, por exemplo, “o peito do pé do pai do padre Pedro é preto”.

As brincadeiras de associações também contribuem para despertar a consciência fonológica (identificação dos sons das letras) da criança e para que elas comecem a formar as sílabas, auxiliando no processo de alfabetização.

Percebendo o interesse da Turma dos Super-heróis pelos livros de trava-línguas trabalhados em sala, especialmente pelo “Não Confunda”, de Eva Furnari, propusemos às crianças a criação de novos textos, baseados nos textos da autora, e o trabalho foi recebido com muito interesse e empolgação.

Além de se divertir muito com as “confusões” sonoras entre as palavras, as crianças tiveram a oportunidade de escrever textos com rimas próprias. Agora a Turma dos Super-heróis tem o seu próprio “Não Confunda”, que vocês conhecerão em breve.

Além do trabalho em sala, produzimos com a parceria da professora de Arte e Tecnologia, Simone Villani, uma adaptação do livro para levar para casa. E, para apresentar o trabalho para as famílias, o professor de Música, Reginaldo Costa, nos deu uma “mãozinha” compondo algumas músicas para uma apresentação especial. Foi um trabalho prazeroso e muito divertido!

Um abraço!

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Visita ao Museu de Ciências Naturais – PUC Minas

A Turma dos Pesquisadores continua os estudos sobre as regras da cidade. Dessa vez, a turma visitou o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas para conhecer as regras de funcionamento de um equipamento público e conhecer o acervo do museu.

O passeio foi muito divertido e cheio de aprendizado. As crianças aprenderam um pouquinho sobre os dinossauros, sobre a fauna brasileira, descobriram como aconteceu a Era do Gelo no Brasil e o porquê de alguns animais terem sido extintos e outros não. Além disso, viram muitas espécies de borboletas e conheceram parte da história do fundador do museu, Peter Wilhelm Lund, um dinamarquês que foi considerado o pai da paleontologia e da arqueologia brasileira.

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Durante dez anos, Peter fez várias escavações em grutas calcárias de Minas Gerais e descreveu detalhadamente a fauna de mamíferos da região. As crianças puderam ver um pouco dos materiais que ele usava em suas pesquisas e ficaram encantadas com a maquete da cidade em que o dinamarquês morava exposta no museu, a cidade de Lagoa Santa.

Logo que chegaram, a primeira coisa que a monitora que acompanhou a visita explicou para as crianças foram as regras e os combinados do lugar. Dias antes, as crianças conversaram sobre as normas de funcionamento do museu, em rodas de conversa em sala de aula, pois a organização do museu já havia adiantado algumas informações por e-mail.

Após o passeio, as crianças fizeram uma lista do que aprenderam e vivenciaram.

Confira abaixo os comentários da Turma dos Pesquisadores sobre as regras e combinados:

— A gente tem que colocar o cinto de segurança na van!
— Também tem que obedecer a professora, né Carol?
— Não vale gritar e correr no museu. Lá dá eco quando fala alto!
— Não podemos ultrapassar a linha amarela!
— E não pode encostar nas coisas né? Porque pode estragar!!
— Mas alguns animais estavam protegidos por vidro, aí vale encostar no vidro!
— Tinha o lado certo para subir e descer a escada para não trombar.
— Primeiro a monitora explicava sobre as coisas e depois as crianças faziam as perguntas no final da explicação, para não atrapalhar né!
— Não vale andar na frente da monitora.

Um pouco do que disseram ter visto no Museu:

— Tinha um dinossauro enorme!!!
— Nem tudo que está lá é de verdade, porque tem que guardar o que é de verdade para não estragar! (Informação sobre os fósseis)
— Lembra daquela ave que a boca dela parece com a boca da baleia?
— Teve Era do Gelo aqui!! Só que não tinha neve!
— Muitos animais morreram porque não tinha comida e espaço para eles… porque eles eram muito grandes!
— Tem aquele tipo de tatu grande que é a mascote do museu, o Lineu!
— Vimos um monte de borboletas lindas!
— E aquele macaco que era do zoológico e fica junto com a macaca que foi a namorada dele?
— Lembra que ela disse que a zebra não nasce preta e branca? Ela nasce branca e marrom!
— É mesmo! E a listra fica preta quando ela já está velhinha!

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No final da visitação, a turma ainda pôde conhecer o planetário do museu, que não estava na programação, fechando com chave de ouro esse delicioso e divertido passeio. As crianças vivenciaram muitas descobertas e aprendizado…

Um abraço da Turma dos Pesquisadores!

Viagem a Paris

Já há algumas semanas, as crianças da Turma do Cavalo estão acompanhando a leitura do Livro “Linéia no Jardim de Monet”, das autoras Christina Bjork e Lena Anderson. O livro conta a história da viagem de uma menina chamada Linéia para Paris.

Nessa viagem, Linéia conheceu a casa do pintor Claude Monet, que foi transformada em um museu. A cada capítulo, o grupo está conhecendo um pouco sobre a vida do pintor e também apreciando suas belas obras retratadas no livro.

Na casa de Monet tem um maravilhoso jardim, com uma grande variedade de flores e plantas, que o pintor cuidava com muito carinho e de onde tirava inspiração para suas pinturas. Tem também um a lago repleto de flores aquáticas chamadas ninfeias. Essas flores fascinaram as crianças.

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Monet adorava fazer pinturas observando as ninfeias. Seu quadro com esse nome é surpreendente. Quando apreciado de perto não dá para enxergar as flores, apenas os borrões de tinta. Mas, de longe, lindas flores podem ser vistas.

A Turma do Cavalo está pegando uma “carona” na viagem de Linéia e aprendendo muito sobre Monet e suas obras.

Bisous au revoir!

Os cavalos e suas lindas marcas na face

Ao saber que a Turma do Cavalo está estudando os cavalos, a professora da turma no ano anterior, Antônia Xavier, trouxe um livro sobre o tema para que pudéssemos aprender mais sobre o assunto.

O livro “Cavalos e Pôneis – Col. Amigos da Fazenda”, da autora Camilla de La Bedoyére, despertou o interesse das crianças por ser muito colorido e ilustrado com lindas imagens das mais variadas raças de cavalos. Quando iniciei a sua leitura, todos ficaram muito atentos. A primeira parte do livro explica sobre o corpo dos cavalos (cauda, casco, cabeça, crina, etc.), além de falar das cores da pelagem e das marcas que os eles podem ter.

Comecei a leitura de um trecho que dizia “os cavalos têm cabelos longos sobre suas cabeças e pescoços…” e, antes que eu completasse a frase, o grupo respondeu quase em coro:

— É a crina!

Em seguida, o livro explica que os cavalos têm o corpo coberto de pelos que os mantêm aquecidos. Em algumas páginas do livro tem ilustrações de um passarinho azul, que está sempre acompanhado de um “segredo da fazenda”. Contei para as crianças que a autora quis utilizar a figura de um passarinho para apresentar os “segredos da fazenda” porque essa é uma expressão muito usada pelos adultos quando querem dizer que ficaram sabendo de algum segredo: “um passarinho me contou…”.

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E os primeiros segredos que o passarinho nos contou foi o seguinte:

a) Pouquíssimos cavalos e pôneis tem o pelo totalmente preto. A maioria desses animais que possuem a pelagem preta têm algumas marcas brancas.

b) Uma grande marca branca na face é chamada de “frente aberta”, uma marca branca pequena entre os olhos é chamada de “estrela”, e uma marca fina e comprida é chamada de “listra ou cordão”.

O grupo adorou aprender sobre essas marcas e até pediram para que eu pintasse algumas marcas em suas testas também. Cada um escolheu o tipo de marca que mais gostou para pintar e o resultado foi muito curioso e engraçado.

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— Leca, eu achei lindas as marcas na cabeça dos cavalos.

Essa turminha se diverte e aprende muito a cada descoberta!

Beijos estrelados da Turma do Cavalo!

Uma descoberta muito “nojenta”

Estudar sobre o caracol deixou a Turma da Formiguinha fascinada. A cada descoberta, uma comemoração!

Iniciei a nossa conversa perguntando o que as crianças sabiam sobre os caracóis e poucas informações apareceram. Decidimos então aprofundar a nossa pesquisa. Dessa vez levei para a sala de aula o tablet e alguns livros. À medida que íamos pesquisando, vários comentários foram surgindo:

— Olha a perna dele!
— O caracol não tem perna, só patinha entendeu?
— Ele tem antenas!
— Ele bota ovos?
— Não! Só as galinhas!

A conversa seguia animada, quando decidi entrar e perguntar:

— Será que são só as galinhas que botam ovos mesmo pessoal?

Com essa dúvida no ar, partimos para mais uma investigação e descobrimos que vários bichos botam ovos, inclusive os caracóis.

Continuando a nossa pesquisa, conseguimos outras

informações sobre esse bichinho peculiar. Descobrimos que os caracóis têm uma “casa” nas costas que ajuda a se esconderem de outros bichos. Eles andam muito devagar e a maioria se alimenta de alface, banana, maçã…

Além disso, descobrimos outras duas informações que deixaram as crianças espantadas: os caracóis são surdos e tem gente que come caracol.

— Ecaaa! Que nojo Marcella!

A Turma da Formiguinha caiu na gargalhada após essa descoberta e já decidiu o próximo bicho a ser estudado: são as abelhas.

Abraços Turma da Formiguinha!

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Os vaga-lumes e a Turma da Formiguinha

Os bichos de jardim continuam encantando a Turma da Formiguinha. Como vocês já sabem, o bicho que estamos estudando agora é o vaga-lume. No calendário de atividades especiais do mês de outubro, pedimos para as famílias enviarem para a Escola materiais de pesquisa sobre o tema. Mais uma vez, não fomos decepcionados e recebemos muitos materiais interessantes sobre esses bichinhos tão encantadores.

Começamos os nossos estudos fazendo uma seleção das informações que recebemos e descobrimos que os vaga-lumes são uma espécie de besouro que produzem a sua própria luz e se alimentam do néctar ou do pólen das flores.

Descobrimos também que eles não picam humanos como os pernilongos. A luz que eles emitem pode ser verde, amarela ou laranja. Por último, e ao contrário do que todo mundo pensa, descobrimos que a luz dos vaga-lumes sai da barriga e não do bumbum.

Depois de tantas descobertas uma das crianças disse que já tinha assistido um episódio do “Show da Luna”, que contava tudo aquilo que tínhamos aprendido em nossa pesquisa. Então aproveitei o momento e perguntei para as crianças se elas gostariam de assistir ao vídeo também. Elas adoraram a ideia!

Levamos o notebook para a sala de aula e assistimos ao episódio “Porque os vaga-lumes piscam?”. As crianças se divertiram muito e conseguiram identificar no vídeo cada uma das informações que viram durante a pesquisa.

Agora, a Turma da Formiguinha já sabe o próximo bicho que quer estudar: são os caracóis.

Em breve mandaremos notícias sobre os caracóis!

Abraços da Turma da Formiguinha!

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Uma pesquisa reveladora…

Mais um mistério solucionado! Finalmente descobrimos alguns veículos que podemos utilizar para sair da Terra. São os foguetes e os ônibus espaciais. Também descobrimos que, para o astronauta fazer uma viagem espacial, é preciso que ele use roupas especiais que ajudam a respirar. Ah, a comida dos astronautas também é especial. Ela vem em cápsulas parecidas com os remédios que adultos tomam quando estão doentes.

Depois de descobrir como os astronautas comem quando estão em uma viagem espacial, uma das crianças levantou uma questão:

— Marcella, a comida que a gente come vira cocô dentro da gente. E como é que o astronauta faz para fazer cocô? Tem banheiro dentro do foguete?

— E agora? Eu também não sei essa resposta! O que podemos fazer? – perguntei.

Imediatamente outra criança respondeu:

— Já sei Marcella! Vamos pesquisar!

— Boa ideia! – concordei.

Levamos um notebook para a sala e iniciamos a nossa pesquisa! No site do G1 encontramos uma reportagem, feita com uma astronauta italiana chamada Samantha Cristoretti, que explica direitinho como isso acontece.

Existe uma sala especial que os astronautas usam para fazer cocô e xixi que é como se fosse um banheiro mesmo. Na reportagem, ela conta que eles usam um aparelho, chamado sonda, que os ajuda nesse momento e que não permite que o cocô e o xixi fiquem flutuando no espaço.

Ufa! Ainda bem, né?

Quantas descobertas essa turminha fez em uma única pesquisa! E, como a curiosidade dessa turma parece não ter fim, as crianças agora querem saber se existem outros planetas além da Terra no espaço e se tem gente que mora lá.

E aí? Será que alguém pode nos ajudar?

Abraços da Turma do Foguete!

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Mistura das cores – Turma do Lobo

Desde pequenas, as crianças são muito curiosas, gostam de investigar e adoram experimentar. Por isso, decidimos fazer uma experiência colorida na Turma do Lobo. O pontapé inicial da atividade se deu em função das observações espontâneas do grupo diante das produções artísticas com tinta. Era muito comum as crianças relatarem suas percepções em relação às transformações das cores no papel. Diante do interesse do grupo, criei algumas situações para que as crianças pudessem experimentar a mistura de cores.

Independentemente do resultado final, o processo de investigação também é importante e significativo. Durante as experiências, as crianças exploram os acontecimentos à sua volta e descobrem o novo. Para elas, que observam atentas e questionam a todo instante, as transformações a partir da mistura de cores são mágicas.

A experiência foi feita em etapas. A cada etapa, duas cores eram exploradas e misturadas e se transformavam em uma nova cor. E a cada nova mistura as crianças aguardavam, cheias de expectativas, a nova cor que ia surgindo…

Laranja, verde, roxo, cinza, rosa, verde claro, azul claro, lilás…

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O passo seguinte foi propor às crianças que misturassem mais de duas cores para observarmos os resultados. Elas escolhiam as cores que queriam e eu ia acrescentando a tinta na cor branca ou o preta. Após algumas experiências, as crianças perceberam que, quando acrescentávamos a tinta branca, a cor ficava mais clara. Mas, quando acrescentávamos a tinta preta, as cores ficavam mais escuras. As crianças chegaram a fazer uma breve comparação das novas cores com o dia e a noite. Na concepção delas, as cores claras representavam o dia e as cores escuras representavam a noite.

E não é que faz sentido?

Abraços!

O fantástico mundo dos bebês

Durante as nossas rodas de conversas, as crianças da Turma da Centopeia estão descobrindo muitas coisas sobre quando eram bebês. Com o intuito de satisfazer a curiosidade do grupo a respeito do assunto, combinamos um dia para que as crianças trouxessem objetos de bebês para apresentar aos colegas, para brincar e, posteriormente, realizarmos uma exposição em sala.

As crianças trouxeram fraldas, mamadeiras, chupetas, bonecas, trocador de fraldas portátil, dedeira de silicone massageadora para bebês, entre outros objetos. As apresentações aconteceram com muita empolgação. Cada criança falou o nome do objeto trazido, contou como as famílias fazem uso do mesmo e, algumas, até quiseram ensinar como os objetos devem ser utilizados.

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Como era de se esperar, durante as brincadeiras com os objetos, as crianças abusaram da imaginação e se transformaram em papais, mamães, titios, titias, vovós, vovôs e até em filhinhos.

A exposição em sala contribuiu para que as crianças pudessem observar, tocar e apresentar os objetos para os familiares. Esses momentos têm sido muito enriquecedores e significativos para as crianças.

Quantas descobertas sobre o “mundo dos bebês”…

Um abraço da Turma da Centopeia!

 

Degustação de frutas na Turma da Fantasia

O trabalho com as frutas na Turma da Fantasia continua a todo vapor. Outro dia, as crianças tiveram uma tarde de degustação de frutas, experimentaram o morango e descobriram que ele faz bem para o coração, ajuda na cicatrização e tem vitaminas que previnem a gripe. Algumas crianças não gostaram do sabor da fruta in natura, por isso, conversamos sobre as possíveis formas de comermos morangos e surgiu então a ideia de fazermos uma vitamina de morangos na Escola.

A turma ficou muito entusiasmada com a ideia e curiosa para saber se iriam ou não gostar do sabor da vitamina. Algumas crianças gostaram do sabor da vitamina, mesmo não gostando de comer os morangos, outras gostaram tanto que repetiram várias vezes, e teve quem não gostasse tanto. Mas a grande maioria aprovou o sabor.

Mas não foi só o morango que as crianças experimentaram. Na semana seguinte, a banana também ganhou um dia de destaque. Fizemos uma pesquisa sobre a banana e descobrimos que ela é fonte de energia para o corpo, ajuda o intestino a funcionar e também faz muito bem para a saúde. A turma descobriu ainda que existem cinco tipos diferentes de bananas: a ouro, a prata, a nanica, a maçã e a banana da terra.

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Conversamos sobre as diferentes maneiras de comer a banana e surgiram as mais diversas receitas:

— Tem que comer a banana sem a casca, né Júlia?
— Banana fica gostosa com Nutela, leite condensado e mel.
— O bolo de banana é muito bom e o biscoito também.

Resolvemos então fazer um bolo de banana com aveia. As crianças experimentaram e ofereceram para as professoras, que adoraram a nossa receita. Foi um sucesso!

Mas não paramos por aqui. A outra fruta explorada pelo grupo foi uma novidade: a fruta do conde. Com os olhos fechados, cada criança pôde sentir a textura e o cheiro da fruta. Ao abrirem os olhos tiveram uma surpresa. A grande maioria aceitou experimentá-la, mas a verdade mesmo é que essa fruta tão diferente agradou mais ao conde do que as crianças!

Um abraço da Turma da Fantasia!

 

Conhecendo as regras de convivência da cidade

A Turma dos Pesquisadores continua os estudos sobre as regras de convivência dos espaços da cidade. Outro dia, a turma fez uma caminhada pelo São Bento, bairro onde a Escola Recreio está localizada, para vivenciar experiências de interação nas ruas e conhecer algumas regras de convivência e o funcionamento do trânsito. Depois de relembrar os combinados para o tipo de atividade que iriamos realizar e colocar os crachás, a meninada estava pronta para o passeio.

Saímos pela rua da Escola observando a natureza, os números das casas, os cartazes colados nos postes e as placas de trânsito – que foi o que mais chamou a atenção das crianças. Elas descobriram que no início da rua da nossa Escola tem uma placa amarela, com o formato de um losango, indicando que a rua é sem saída. Rapidamente elas também perceberam que nas esquinas tem placas com o nome de cada rua.
A primeira experiência da turma com as regras de trânsito aconteceu quando atravessamos a Av. Professor Cândido Holanda em direção à Av. Bento Simão. As crianças puderam observar a sinalização da faixa de pedestres e aprender como devemos utilizá-la. Também aprenderam que devem observar os dois lados da pista, quando precisarem atravessar uma rua ou uma avenida, e esperar até que os carros parem, apesar de a faixa ser uma área em que o pedestre tem prioridade sobre os veículos.

— Carol, tem carro que não para!

— A gente pode até ser atropelado!

— Tem que esperar o carro parar para atravessar, né?!

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No percurso até a Av. Bento Simão, as crianças foram observando as placas de trânsito, os semáforos e as rampas de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais. Com isso, foram descobrindo para que serve cada uma dessas coisas.

A chegada à avenida foi uma festa. Decidimos que iríamos caminhar até o local onde fica o vendedor de coco, o Léo, que é a pessoa responsável por interditar parte da via para lazer todas as manhãs. No caminho, encontramos várias pessoas andando ou passeando com seus cachorros. Cumprimentamos e paramos para conversar com algumas delas. Havia também um homem consertando cadeiras de palha que chamou a atenção do grupo. Muito curiosas, as crianças se aproximaram e fizeram várias perguntas sobre o seu trabalho. Algumas até disseram que trariam cadeiras da casa da vovó para que ele pudesse consertar.

Ao chegarem no local da barraca de coco, enquanto conversavam com o vendedor, as crianças perceberam um cartaz colado no poste logo à frente. O cartaz falava sobre a importância de vacinar cães e gatos contra a raiva. Depois disso, as crianças observaram vários cartazes contendo informações diversas colados nos postes ao longo da avenida e, espontaneamente, tentavam lê-los. As crianças também observaram que, infelizmente, em todo o percurso tinha bastante lixo jogado no chão.

A VOLTA PARA A ESCOLA

No retorno para a Escola Recreio, mudamos o nosso roteiro e resolvemos passar pelo Shopping São Bento para observarmos as vagas de estacionamento reservadas para deficientes e carga/descarga, em frente ao estabelecimento, e passar pelo semáforo. Quando chegamos no local, tivemos uma grata surpresa: os frequentadores daquele espaço estão respeitando a sinalização direitinho! Na vaga reservada para carga e descarga havia um caminhão estacionado, descarregando frutas para o restaurante. Em uma das vagas reservadas para pessoas com necessidades especiais tinha um carro com autorização para estacionar ali. A outra vaga estava vazia.
Outra experiência que as crianças tiveram foi a de passar pelo semáforo observando a sinalização luminosa para carros e pedestres. Expliquei para a turma que não devemos atravessar a rua no meio dos carros, que é necessário observar os sinais (de pedestre e de carros) e que só podemos atravessar depois que os carros pararem.

— Tem que olhar se o homenzinho está verde ou vermelho!

— A gente só pode ir quando o boneco estiver verde.

— Mas tem que ver se o carro parou. Porque tem gente que não para, né Carol?!

Finalizando a nossa caminhada, passamos pelo ponto de taxi e as crianças puderam observar que existe um espaço reservado para estes carros estacionarem, conforme informado na placa local. Além da placa de trânsito, a “casinha” para os taxistas também tem uma função clara.

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Próximo ao ponto de taxi a turma percebeu um semáforo “diferente” que chamou a atenção das crianças. Este semáforo tem um botão para acionar o fechamento do sinal para carros e permitir que os pedestres atravessem. A Turma dos Pesquisadores está bem antenada. A informação de como usar esse botão veio das crianças. Elas também contaram que existe um tipo de semáforo que faz barulho, destinado aos deficientes visuais, e que no centro da nossa cidade tem.
Depois de um passeio cheio de aventuras, aprendizados e diversão voltamos para a Escola satisfeitos. E quando todos achavam que o passeio já havia acabado conhecemos a Maria, uma gari que estava trabalhando na rua do Recreio. Conversamos com ela sobre a importância do seu trabalho para nossa cidade e algumas perguntas e observações surgiram:

— Tem muito lixo no chão?

— As pessoas não estão educadas?

— A gente não joga lixo no chão!

— Lixo é no lixo, né?

E assim, fechamos a nossa caminhada conversando sobre a importância das regras de convivência da nossa cidade.

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