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O que são regras e para que servem?

As crianças da Turma dos Pesquisadores estão estudando as regras de convivência dos diversos espaços que as cercam. O interesse surgiu nas aulas de Lego Education, quando elas trabalharam na construção de uma cidade de Lego. No decorrer do trabalho, que foi dividido em várias etapas ao longo do semestre, o grupo construiu os elementos que compõem as cidades (ruas, prédios, parques, pontes, etc.), e discutiram sobre as regras de uma sociedade.

A curiosidade sobre o assunto aumentou quando as crianças trouxeram de casa materiais de pesquisa sobre festa junina. No meio desse material havia um pequeno texto falando da proibição dos balões (a gás) de festas juninas. As crianças ficaram muito interessadas em saber por que não se pode soltar balões desse tipo. Além de falarmos sobre a proibição, discutimos também sobre a lei que proíbe esse tipo de atividade.

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Foi a partir do interesse das crianças da Turma dos Pesquisadores sobre o assunto que surgiu a ideia de trabalharmos e pesquisarmos sobre regras e combinados. Em geral as crianças são muito curiosas. No 2º Período, por exemplo, elas já têm a capacidade de compreender as regras e de pensar sobre elas. Além disso, têm mais facilidade para
cumpri-las e sentem a necessidade de modifica-las. Nessa idade, elas também já questionam as regras, testam limites e compreendem as relações de forma mais clara.

Quando iniciamos a discussão sobre regras na sala lançamos duas perguntas para o grupo: o que são regras e para que elas servem? Para responder as perguntas, as crianças fizeram suposições a respeito do tema e citaram várias regras que já estão habituadas:

— Não pode bater no colega!
— Tem que respeitar o colega.
— Não pode gritar no Hospital.
— Regras são coisas que não pode fazer!
— São coisas que pode e que não pode fazer!
— É um combinado!
— Elas servem para respeitar e ajudar as pessoas.
— Para educar as pessoas!
— Para organizar as pessoas, as coisas e o cérebro.
— As regras organizam as cidades.

Após essa conversa, pedimos para as crianças listarem os lugares que elas acreditavam possuir regras. O estudo tem sido muito enriquecedor para o grupo, pois, cada vez mais, as crianças relacionam as regras de funcionamento dos espaços que frequentam com suas vivências na Escola. O próximo passo será pesquisar sobre as regras de casa, da Escola e de determinados espaços públicos de nossa cidade. Teremos um segundo semestre com muitas novidades sobre este tema.

Um abraço da Turma dos Pesquisadores!

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Como os aviões voam?

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As crianças da Turma da Floresta estavam muito curiosas para saber como os aviões voam. E para nos ajudar a entender como isso acontece, recebemos a visita do engenheiro da Embraer, Raphael Figueiredo, para nos explicar todo o processo.

De uma maneira simples e divertida, Raphael explicou para as crianças que, para voar, é necessário que o avião tenha motor, asas, fuselagem e cauda. O engenheiro também contou ao grupo que o vento que passa pelas asas do avião e a sua velocidade fazem com que ele se mantenha no ar. “O que faz o avião voar é o ar que passa pelas suas asas, que tem diferentes velocidades na parte de cima e na parte de baixo. É como se existissem duas filas de formiguinhas passando pela asa e elas tivessem que chegar juntas do outro lado dessas asas.”, explicou Raphael para as crianças de forma descontraída.

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O engenheiro também contou que as asas dos aviões na parte de cima tem a forma curva e, na parte debaixo, elas são retas. Outra informação importante que ele passou para as crianças sobre o voo dos aviões diz respeito ao equilíbrio. “Vou contar um segredo para vocês que só quem faz aviões sabe: os aviões também precisam de um ponto de equilíbrio para voar.”, confidenciou.

O engenheiro usou um avião feito de papelão, construído especialmente para a ocasião, para demonstrar toda a explicação. E as crianças acharam o máximo porque Raphael foi para o pátio fazer a sua demonstração e todos brincaram com o avião.

— Os aviões tem que ter equilíbrio.

— Tem avião que voa sem piloto, igual no videogame.

— Eu adorei o avião que o Raphael fez para trazer para a Escola!

— Ele tinha cauda, fuselagem, asas e equilíbrio, mas não tinha motor.

— Ele voou porque o Raphael jogou e tinha vento nas asas.

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As crianças ainda contaram para Raphael todos os assuntos o que já haviam estudado sobre o tema, como da vontade do homem de voar e sua observação de como os pássaros voavam, falaram sobre os desenhos e projetos de aviões feitos por Leonardo da Vinci baseados nos pássaros, falaram sobre a história de Santos Dumont, do 14-Bis e dos irmãos Wright.

Raphael confirmou as informações citadas pelas crianças e disse que elas estavam no caminho certo para saber tudo sobre a história dos aviões. “As crianças são bem espertas e muito interessadas. Às vezes é difícil explicar algo técnico de uma maneira mais fácil, mas acho que deu para eles entenderem tudo.”, declarou.

Foi uma manhã divertida e com muito aprendizado. A turma conseguiu compreender o que é necessário ter nos aviões para que eles possam voar e como isso acontece.

Então é isso pessoal. Nosso projeto continua. Em breve mais notícias para vocês!

Um abraço da Turma da Floresta e até a próxima!

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* Relato da professora Carolina Bahia – 1º Período – turno da manhã.

Qual foi o primeiro avião construído no Mundo?

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O projeto de estudos da Turma da Floresta sobre os aviões está animadíssimo. Depois de pedirmos uma ajudinha às famílias, muitas crianças trouxeram pesquisas sobre o primeiro avião construído no mundo. Como era de se esperar, a história do avião 14-Bis, construído pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, foi a que mais apareceu. Mas, nos materiais de pesquisas vindos de casa, as crianças também encontraram a história do avião Flyer e de seus criadores.

Até hoje, algumas pessoas acham que foi Santos Dumont quem inventou o primeiro avião. Mas outras acreditam que foram os norte-americanos criadores do Flyer, conhecidos como os irmãos Wright (Wilbur e Orville Wright) os donos dessa façanha.

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A partir das informações que vieram de casa e de muita conversa e leitura em sala de aula, as crianças chegaram às suas conclusões e fizeram algumas comparações sobre os dois aviões:

 

— Santos Dumont fez o 14-Bis.
— O 14-Bis foi o primeiro avião que voou sozinho. Ele passou perto da Torre Eiffel, em Paris.
— O 14-Bis tinha rodas e o avião dos irmãos Wright não tinha.
— Santos Dumont teve que estudar sobre construção de máquinas.
— O 14-Bis foi feito de papel, bambu e alumínio.
— O Flyer foi feito de madeira, tecido e correntes de bicicleta.
— O Flyer precisava de ajuda para voar, por isso usou uma catapulta e trilhos.
— O avião dos irmãos Wright decolou da montanha e foi caindo, caindo, até aterrissar.
— O 14-Bis decolou do chão e foi subindo, subindo, depois ele aterrissou. E fez tudo sem ajuda.
— Muitas pessoas assistiram o voo do 14-Bis e poucas pessoas assistiram o voo do Flyer.
— Santos Dumont tentou voar com o 14-Bis várias vezes antes de conseguir fazer o voo em volta da Torre Eiffel.

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Depois dessa conversa, alguns dias depois, um colega que estava viajando, chegou com sua pesquisa e com novas informações. Com as novas pesquisas, as crianças descobriram que o desejo de voar vem de muitos e muitos anos atrás. As pessoas observavam os pássaros e tinham vontade de voar como eles. Algumas pessoas desenharam aviões observando os pássaros e fizeram várias tentativas de voar, que não deram certo. Teve gente que fez asas para colocar nos braços na tentativa de voar. O que também não funcionou.

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Mas teve uma pessoa em especial, que se interessava muito pelo assunto e foi muito importante para a história e estudo dos aviões, o Leonardo da Vinci. Observando os pássaros e os morcegos, ele fez desenhos (protótipos) e vários estudos na tentativa de fazer um avião, no entanto, seus projetos ficaram só no papel. As crianças ficaram encantadas com alguns desenhos e com quem foi Leonardo da Vinci, o artista, escultor, pintor, arquiteto, filósofo, engenheiro…

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Após a leitura e o estudo de todo material de pesquisa disponível, foi possível traçar uma linha do tempo do desenvolvimento do estudo e da construção dos aviões. E as crianças, em um texto coletivo, relataram a seguinte conclusão:

“Primeiro as pessoas observavam os pássaros e queriam voar como eles. Depois elas fizeram vários desenhos tentando construir os aviões. Aí a primeira coisa que conseguiram fazer para voar foram os balões, que voavam com o ar quente e sem motor. Santos Dumont, por exemplo, adorava os balões e os aviões. Ele estudou mecânica e construção em Paris. Ele fez o dirigível que tinha uma casinha embaixo e voava com motor. Depois ele fez o 14-Bis, que foi o primeiro avião que voou sozinho e sem ajuda externa. ”

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E as crianças concluíram:

— O avião Flyer voou primeiro, mas não voou sozinho. Ele precisou de ajuda.

— Eles (os irmãos Wright) fizeram várias tentativas até conseguirem voar.

As crianças adoraram as pesquisas e as descobertas que fizeram. Elas fizeram vários registros para o livro que estão construindo sobre o nosso projeto. O próximo passo será descobrir como os aviões voam.

Aguardem!!

* Relato da professora Carolina Bahia – 1º Período – turno da manhã.

**Os desenhos representativos foram feitos pelas crianças da Turma da Floresta, de acordo com as discussões sobre o tema em sala de aula.

Olimpíada Rio 2016

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As crianças da Turma da Floresta adoraram a Olimpíada Rio-2016 e se encantaram com a cerimônia de abertura do evento, que teve o 14-bis como um dos destaques da apresentação. Nas conversas sobre o nosso projeto Aviões, falamos sobre o 14-bis e sobre seu inventor, o brasileiro Alberto Santos Dumont e a turma não se esqueceu disso.

— A abertura foi linda! Tinha os índios, o Santos Dumont, o 14-bis, música, dança, natureza e os atletas dos países – destacaram.

As crianças também se lembraram dos mascotes, Vinícius e Tom, que animaram o público nos intervalos dos jogos, durante toda a competição. Elas também disseram que aprenderam muitas coisas com as olimpíadas:

— Fazer esporte faz bem para saúde.

— Nem sempre ganhamos! Às vezes a gente perde.

— Perder faz parte da vida.

E o aprendizado mais importante que ficou na memória das crianças, foi o sentido do espirito olímpico. Elas conseguiram entender a importância das olimpíadas:

— Espirito olímpico é saber competir com bravura, gentileza, habilidade, concentração, treino e muito respeito – explicaram.

Então é isso pessoal!

Um abraço da Turma da Floresta e até a próxima!

* Relato da professora Carolina Bahia – 1º Período – turno da manhã.